A revista Ferroviária

A civilização moderna deve uma grande parte do seu brilho e do seu desenvolvimento às estradas de ferro, que possibilitaram o aumento da produção dos gêneros indispensáveis à alimentação e ao conforto das populações e permitiram ainda que o custo da produção fosse bastante reduzido pelo transportar a baixo preço as matérias primas dos países produtores para os centros manufatureiros.

Nestes últimos dez anos, a exploração, quer técnica, quer comercial, do tráfego das rêdes ferroviárias tem apresentado, em todos os países do mundo, grandes dificuldades, devido ás transformações e à evolução das organizações trabalhistas e ainda à concorrência de outros meios aperfeiçoados de transporte.

Representando a rêde ferroviária brasileira seguramente a parte mais valiosa do património que conseguimos constituir desde que somos nação independente, devem todos os ferroviários envidar os seus melhores esforços para conservar-lhe a eficiência e promover-lhe a expansão para o alto sertão, ainda inteiramente desprovido de qualquer meio de transporte.

No estado atual de perturbação dos mercados produtores de material ferroviário, torna-se indispensável examinar as dificuldades, com que defronta, em cada caso especial, o administrador para manter com regularidade o tráfego, dando a melhor solução que a situação comportar. Por este relevante motivo, o conhecimento das providencias que os technicos da Estrada de Ferro Central do Brasil dão ou promovem para manter a segurança e a regularidade do seu tráfego, aproveita a todos quanto moirejam no árduo serviço ferroviário.

As publicações feitas na “Revista Ferroviária” são lidas e estudadas com grande interesse, do que dou, com satisfação, o meu testemunho. Não devemos regatear nossos aplausos a todos aqueles que se têm esforçado por manter tão útil publicação.

 

Autoria: José Luiz Batista *

Data: junho de 1940

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(*) Representante da Create Western of Brazil; Presidente do Conselho dos Contribuintes; Diretor Técnico da E. F. Mossoró