Nesta época em que vivemos, início do Século XXI, observamos a facilitação extrema das ferramentas de comunicação, tanto individual quanto de massa. O universo digital, as mídias sociais, a percepção de que todos podem opinar, curtir, seguir, cancelar ou divulgar sobre tudo, são experiências nunca antes vivenciadas pela humanidade.

Contemporaneamente, é importante compreender a diferença entre fato, verdade e opinião.

Fato deriva do latim factum, particípio do verbo facere, que significa fazer. Designa, portanto, eventos ou acontecimentos que realmente aconteceram. Verdade é a propriedade de estar conforme com os fatos ou a realidade. Na Grécia Antiga, verdade era aletheia, o mesmo que não-oculto, não-escondido, isto é, aquilo que se manifesta aos olhos do corpo e do espírito.  Verdade é a manifestação daquilo que é ou existe tal como é. O verdadeiro é o evidente ou o plenamente visível para a razão. Opinião define-se como “maneira de pensar, de ver, de julgar”, e também “julgamento pessoal, parecer, pensamento.”

Na pesquisa que precede o reconhecimento de um fato histórico, buscamos vestígios, documentos e informações que atestem a sua verdade, e isso não é negociável, é princípio elementar para o nosso trabalho na Fundação Memória do Transporte. Nos preocupamos em pesquisar, organizar e divulgar as informações da memória do transporte sem uma pessoalização excessiva, isto é, dando protagonismo ao fato em si em primeiro lugar, e então passamos a identificar os personagens participantes.

Entretanto, mesmo quando um fato é uma verdade irrefutável, acreditamos que o contexto que o envolve é composto de opiniões diversas, de entendimentos distintos e até mesmo de ações divergentes. Algo verdadeiro o é apenas naquele momento, daquele modo, naquele lugar. Fora dali, é uma opinião, um pensamento, uma construção, um argumento que contribuiu para torna-lo verdadeiro.

É com esse objetivo que criamos o Fumtran Artigos, um espaço aberto às opiniões, aos pensamentos, às construções e aos argumentos que, expressos livremente com a identificação de sua autoria, poderão ser apreciados para um melhor entendimento do contexto histórico.

A liberdade de expressão nos direciona à responsabilidade pelas nossas próprias opiniões. Sem narrativas, sem enredos, incentivaremos qualquer manifestação relacionada ao transporte. Quiçá quando um fato se tornar memória histórica, possamos buscar na pesquisa das opiniões que foram manifestadas à época, uma melhor compreensão do que aconteceu.

Boa leitura!

A revista Ferroviária

A civilização moderna deve uma grande parte do seu brilho e do seu desenvolvimento às estradas de ferro.

José Luiz Batista, 01/06/1940

Concorrência de transporte

Nesse artigo, o autor fala sobre um dos problemas mais sérios enfrentados pela viação férrea: a concorrência dos outros meios de transporte mecanizados.

Alcides Lins, 01/09/1940

A Central e sua autonomia

A orientação dos serviços industriais de uma empresa de transportes é tarefa bastante complexa.

Napoleão de Alencastro Guimarães, 01/01/1942

Melhores traçados ferroviários

Contingências peculiares que têm envolvido a constituição das linhas ferro e rodoviárias, determinando condições técnicas desproporcionadas, para os traçados de uma e outra espécie dessas estradas.

Jeronimo Monteiro Filho, 01/02/1942

A supervisão nos transportes ferroviários

A indústria dos transportes representa, na época atual (1942), um dos fatores de maior importância na vida econômica, social e política das nações.

Erico De Lamare S. Paulo, 01/03/1942

O Mecânico de Vôo

Já estamos cansados de escutar comentários de alguns "profetas" sobre o futuro do Mecânico de Voo. Não há absolutamente razão para receios.

William D. Kent, 01/09/1956

Aplicação dos 20%

Em 1962, demos grandes passos no que diz à consolidação da nossa regulamentação profissional.

Paulo de Santana Machado, 01/01/1963

Oitenta segundos no inferno

Neste artigo, Daniel Portela faz um relato impressionante sobre um incidente aéreo que vivenciou ao sobrevoar a região Amazônica.

Daniel Ariosto Portela, 01/04/1963

A Natureza Não Derrotará o Povo do Rio Grande do Sul

No dia 17 de Agosto de 1965, as pontes sobre o rio Pelotas, em Passo do Socorro, e que ligavam os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul ruíram. Assim era menos uma passagem de ligação, dentre as 17 que existiam.

Orlando Monteiro, 01/09/1965

Transportes no Brasil: Um pouco da verdade

Esse artigo de 1965, trata sobre a discussão que havia em relação a circulação das grandes massas nas grandes distâncias e o tipo de transporte apropriado para isso.

Orlando Monteiro, 01/11/1965

Segurança de Tráfego é uma das Formas de Lucro

Ninguém ignora que as empresas de transporte rodoviário, principalmente as de carga, enfrentam problemas da mais variada espécie.
Um exemplo é o problema da segurança de tráfego nas rodovias.

Orlando Monteiro, 01 de julho de 1967

Um grande parecer

Nesse artigo de 1962, o autor fala sobre os fatores causais dos acidentes e incidentes na aviação.

Coriolano Luiz Tenan, 22/07/1969

Reflexões sobre o destino do Brasil

Todos os brasileiros, independentemente de raça, credo religioso, ideologia, situação econômica, posição social, têm um compromisso comum: participar da defesa permanente dos superiores interesses da Pátria e contribuir para a sua grandeza.

Luiz Carlos de Urquiza Nóbrega, 01/07/1987

Safra menor, mas sem crise

O autor fala sobre o pessimismo existente à época, com a possibilidade de desabastecimento da safra de verão que acabou não acontecendo.

Rolf Kunts - 01/02/1988

Os graves riscos da omissão

O autor fala das imensas dificuldades de importação existentes no País naquele ano, que estariam possibilitando às companhias industriais de praticamente todos os setores, safar-se dos efeitos financeiros da crise de demanda, mas tendo como contrapartida o aumento dos preços acima da inflação.

S. Stéfani, 01/03/1988

Modernidade e progresso são a porta de entrada para o futuro

A partir da hipótese de índices de crescimento da produção e da comercialização de veículos a partir de 1988, autor previa que em 1995 o mercado consumidor brasileiro poderia absorver 1 milhão de veículos, talvez ainda mais.

André Beer, 01/07/1988

A informática administrando frotas

O artigo enfoca o papel essencial que a informática tem na administração econômica de frotas, entendida como as análises econômicas necessárias durante a vida do veículo, na sua substituição e por ocasião da aquisição do novo veículo.

Walter Secaf - 01/02/1989

Recaída burocratizante

O artigo de 1989, trata sobre o selo-pedágio, considerado pelo autor como mais um desses equívocos, criados pela fertilidade regulatória do Estado, que terminam por infernizar ainda mais a vida dos contribuintes e usuários de serviços públicos.

João Geraldo Piquet Carneiro, 01/04/1989

Psicologia a serviço do TRC

Para falar sobre violência no trânsito é preciso primeiro entender a violência em si, hoje um fenômeno mundial.

Salomão Rabinovitch, 01/06/1989

Os rumos do PROCONVE

Em artigo de 1989, o autor fala sobre os rumos do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores, que tem por objetivo reduzir o nível de emissão de poluentes por veículos na atmosfera.

Luiz Adelar Scheuer, 01/07/1989

A arte de comprar e vender

O autor, Superintendente Comercial da NTC à época, fala sobre o sucesso da Fenatran-Feira Nacional do Transporte, que chegava em sua 6a edição naquele ano.

Bernardo Getúlio P. Gomes, 01/10/1989

Ineficiência causa prejuízo de US$7,5 bi/ano

No artigo, o autor fala sobre o descalabro, segundo ele, que chegou à operação municipal com relação a qualidade dos transportes urbanos locais, com prejuízos e colapso do transporte coletivo.

Adriano Murgel Branco, 01/08/1991

Estão prontas as bases da futura política de transportes

A CNT'92 - 1ª Conferência Nacional para Integração e Desenvolvimento do Transporte, promovida pela Confederação Nacional do Transporte, em Brasília, de 12 a 15 de maio de 1992, foi um exercício conjunto de planejamento estratégico.

Geraldo Aguiar de Brito Vianna, 01/06/1992

O paradigma da mão-de-obra

A sociedade brasileira, ao longo dos últimos anos, vem mudando uma grande quantidade de paradigmas culturais, políticos e econômicos. No segmento de transporte, por muitos considerado conservador, também caíram velhos paradigmas.

Luís Carlos Name Pimenta, 01/11/1994

Os empresários e a modernidade

Neste artigo, o autor dizia à época que havia a convicção que o país caminhava a passos largos para a modernidade, devido a algumas iniciativas do executivo junto ao congresso nacional.

Heloisio Lopes, 01/06/1995

Qualidade de vida depende da mobilidade social

Até o final do século 19, o mundo era essencialmente rural e a economia girava ao redor da agricultura. Na virada do século, esse quadro social e econômico começou a sofrer rápidas modificações.

Ailton Brasiliense, 01/09/2002

Mobilidade Urbana

Em artigo de 2003, Urubatan Helou fala sobre a importância do rodízio de veículos nos primeiros meses de implantação, mas que, segundo ele, o seu prazo já estaria vencido com o retorno dos congestionamentos.

Urubatan Helou, 01/02/2003

Estado arrecadador sufoca a produção

Na verdade, 2003 era para ser um ano de evolução da atividade econômica, tendo em vista que passado a recessão, tudo levava a crer que o setor de Transportes teria um ano de economia plena.

Urubatan Helou, 17/12/2003

Pelo abastecimento de São Paulo

Há um debate que não pode ser mais negligenciado pela sociedade paulistana, em especial pelas autoridades do Executivo e do Legislativo municipal: a questão do abastecimento da cidade por meio da mobilidade e da circulação de cargas, mercadorias, bens e serviços no perímetro urbano.

Urubatan Helou, 07/05/2004

Uma evolução em três anos

O autor fala sobre a importância da revista Autobus em seu papel de acompanhar e mostrar ao público, a evolução do transporte e o desenvolvimento da indústria de ônibus, nacional ou estrangeira.

Antonio Ferro, 01/08/2013