Nesta época em que vivemos, início do Século XXI, observamos a facilitação extrema das ferramentas de comunicação, tanto individual quanto de massa. O universo digital, as mídias sociais, a percepção de que todos podem opinar, curtir, seguir, cancelar ou divulgar sobre tudo, são experiências nunca antes vivenciadas pela humanidade.

Contemporaneamente, é importante compreender a diferença entre fato, verdade e opinião.

Fato deriva do latim factum, particípio do verbo facere, que significa fazer. Designa, portanto, eventos ou acontecimentos que realmente aconteceram. Verdade é a propriedade de estar conforme com os fatos ou a realidade. Na Grécia Antiga, verdade era aletheia, o mesmo que não-oculto, não-escondido, isto é, aquilo que se manifesta aos olhos do corpo e do espírito.  Verdade é a manifestação daquilo que é ou existe tal como é. O verdadeiro é o evidente ou o plenamente visível para a razão. Opinião define-se como “maneira de pensar, de ver, de julgar”, e também “julgamento pessoal, parecer, pensamento.”

Na pesquisa que precede o reconhecimento de um fato histórico, buscamos vestígios, documentos e informações que atestem a sua verdade, e isso não é negociável, é princípio elementar para o nosso trabalho na Fundação Memória do Transporte. Nos preocupamos em pesquisar, organizar e divulgar as informações da memória do transporte sem uma pessoalização excessiva, isto é, dando protagonismo ao fato em si em primeiro lugar, e então passamos a identificar os personagens participantes.

Entretanto, mesmo quando um fato é uma verdade irrefutável, acreditamos que o contexto que o envolve é composto de opiniões diversas, de entendimentos distintos e até mesmo de ações divergentes. Algo verdadeiro o é apenas naquele momento, daquele modo, naquele lugar. Fora dali, é uma opinião, um pensamento, uma construção, um argumento que contribuiu para torna-lo verdadeiro.

É com esse objetivo que criamos o Fumtran Artigos, um espaço aberto às opiniões, aos pensamentos, às construções e aos argumentos que, expressos livremente com a identificação de sua autoria, poderão ser apreciados para um melhor entendimento do contexto histórico.

A liberdade de expressão nos direciona à responsabilidade pelas nossas próprias opiniões. Sem narrativas, sem enredos, incentivaremos qualquer manifestação relacionada ao transporte. Quiçá quando um fato se tornar memória histórica, possamos buscar na pesquisa das opiniões que foram manifestadas à época, uma melhor compreensão do que aconteceu.

Boa leitura!

As marinhas militares do mundo

Neste artigo, o capitão de fragata Luiz de Saldanha, conta como eram as marinhas militares do mundo à época, descrevendo os navios de guerra, suas artilharias navais e seus mecanismos propulsores.

Luiz de Saldanha, 01/07/1881

Polyphemus e Destroyer

Neste artigo, o capitão-tenente da Marinha à época, José Victor de Lamare, descreve as especificações e maneira de construção de dois navios de guerra.

José Victor de Lamare, 18/07/1881

Transformação da Marinha Mercante

Neste artigo, o 1° tenente da Marinha à época, Garcez Palha, comenta sobre as transformações que a Marinha Mercante passou ao longo do século XIX

Garcez Palha, 01/06/1882

Circunavegações brasileiras

Neste artigo, o almirante Didio Costa conta sobre quatro circum-navegações empreendidas por navios de guerra brasileiros à época, descrevendo suas tripulações e características dos navios.

Didio Iratim Affonso da Costa, 01/02/1939

A revista Ferroviária

A civilização moderna deve uma grande parte do seu brilho e do seu desenvolvimento às estradas de ferro.

José Luiz Batista, 01/06/1940

O que é preciso fazer

Neste artigo, Joaquim Assis Ribeiro comenta os pontos necessários a serem realizados para melhorar o transporte ferroviário brasileiro

Joaquim Assis Ribeiro, 01/08/1940

Concorrência de transporte

Nesse artigo, o autor fala sobre um dos problemas mais sérios enfrentados pela viação férrea: a concorrência dos outros meios de transporte mecanizados.

Alcides Lins, 01/09/1940

Aproximação ferroviária

Neste artigo, Luiz Alberto Whately fala da aproximação Brasil-Bolívia através do uso de ferrovias.

Luiz Alberto Whately, 01/03/1941

A Central e sua autonomia

A orientação dos serviços industriais de uma empresa de transportes é tarefa bastante complexa.

Napoleão de Alencastro Guimarães, 01/01/1942

Melhores traçados ferroviários

Contingências peculiares que têm envolvido a constituição das linhas ferro e rodoviárias, determinando condições técnicas desproporcionadas, para os traçados de uma e outra espécie dessas estradas.

Jeronimo Monteiro Filho, 01/02/1942

A supervisão nos transportes ferroviários

A indústria dos transportes representa, na época atual (1942), um dos fatores de maior importância na vida econômica, social e política das nações.

Erico De Lamare S. Paulo, 01/03/1942

Aos ferroviários do Brasil

Neste artigo, Waldemar Luz fala da preparação do setor ferroviário para a guerra, garantindo transportes eficientes nos momentos críticos além da dedicação e energia que contribuem para o esforço militar e para a manutenção dos serviços ferroviários.

Waldemar Luz, 01/09/1942

Classificação e Despesa

Neste artigo, Pedro Lessa Spyer fala sobre as despesas da antiga E.F. Central do Brasil.

Pedro Lessa Spyer, 01/01/1943

O Mecânico de Vôo

Já estamos cansados de escutar comentários de alguns "profetas" sobre o futuro do Mecânico de Voo. Não há absolutamente razão para receios.

William D. Kent, 01/09/1956

6 horas de trabalho para os mecânicos

Neste artigo para o presidente da comissão organizadora do código do trabalho, José Vieira Guimarães, fala sobre a jornada de trabalho do mecânico de pista.

José Vieira Guimarães, 01/11/1956

Aplicação dos 20%

Em 1962, demos grandes passos no que diz à consolidação da nossa regulamentação profissional.

Paulo de Santana Machado, 01/01/1963

Oitenta segundos no inferno

Neste artigo, Daniel Portela faz um relato impressionante sobre um incidente aéreo que vivenciou ao sobrevoar a região Amazônica.

Daniel Ariosto Portela, 01/04/1963

A Natureza Não Derrotará o Povo do Rio Grande do Sul

No dia 17 de Agosto de 1965, as pontes sobre o rio Pelotas, em Passo do Socorro, e que ligavam os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul ruíram. Assim era menos uma passagem de ligação, dentre as 17 que existiam.

Orlando Monteiro, 01/09/1965

Transportes no Brasil: Um pouco da verdade

Esse artigo de 1965, trata sobre a discussão que havia em relação a circulação das grandes massas nas grandes distâncias e o tipo de transporte apropriado para isso.

Orlando Monteiro, 01/11/1965

Segurança de Tráfego é uma das Formas de Lucro

Ninguém ignora que as empresas de transporte rodoviário, principalmente as de carga, enfrentam problemas da mais variada espécie.
Um exemplo é o problema da segurança de tráfego nas rodovias.

Orlando Monteiro, 01 de julho de 1967

Transporte Marítimo de Cabotagem

Neste artigo, Gilberto Lanhoso comenta sobre o transporte de cabotagem brasileiro e faz uma comparação ao transporte de cabotagem dos Estados Unidos

Gilberto Arantes Lanhoso, 01/01/1968

Um grande parecer

Nesse artigo de 1962, o autor fala sobre os fatores causais dos acidentes e incidentes na aviação.

Coriolano Luiz Tenan, 22/07/1969

Eu, o Pedágio e a Paróquia

Neste artigo, Luciano Pinho fala sobre a volta das praças de pedágio e como elas devem ser reintroduzidas.

Luciano Pinho, 01/11/1969

Sonho, Barreiras & Jambettes

Neste artigo, Luciano Pinho comenta sobre um relato pessoal relacionado ao transporte rodoviário

Luciano Pinho, 01/02/1972

Reflexões sobre o destino do Brasil

Todos os brasileiros, independentemente de raça, credo religioso, ideologia, situação econômica, posição social, têm um compromisso comum: participar da defesa permanente dos superiores interesses da Pátria e contribuir para a sua grandeza.

Luiz Carlos de Urquiza Nóbrega, 01/07/1987

Safra menor, mas sem crise

O autor fala sobre o pessimismo existente à época, com a possibilidade de desabastecimento da safra de verão que acabou não acontecendo.

Rolf Kunts - 01/02/1988

Os graves riscos da omissão

O autor fala das imensas dificuldades de importação existentes no País naquele ano, que estariam possibilitando às companhias industriais de praticamente todos os setores, safar-se dos efeitos financeiros da crise de demanda, mas tendo como contrapartida o aumento dos preços acima da inflação.

S. Stéfani, 01/03/1988

Modernidade e progresso são a porta de entrada para o futuro

A partir da hipótese de índices de crescimento da produção e da comercialização de veículos a partir de 1988, autor previa que em 1995 o mercado consumidor brasileiro poderia absorver 1 milhão de veículos, talvez ainda mais.

André Beer, 01/07/1988

A informática administrando frotas

O artigo enfoca o papel essencial que a informática tem na administração econômica de frotas, entendida como as análises econômicas necessárias durante a vida do veículo, na sua substituição e por ocasião da aquisição do novo veículo.

Walter Secaf - 01/02/1989

Recaída burocratizante

O artigo de 1989, trata sobre o selo-pedágio, considerado pelo autor como mais um desses equívocos, criados pela fertilidade regulatória do Estado, que terminam por infernizar ainda mais a vida dos contribuintes e usuários de serviços públicos.

João Geraldo Piquet Carneiro, 01/04/1989