Estão prontas as bases da futura política de transportes
A CNT’92 – 1ª Conferência Nacional para Integração e Desenvolvimento do Transporte, promovida pela Confederação Nacional do Transporte, em Brasília, de 12 a 15 de maio último, foi um exercício conjunto de planejamento estratégico, realizado pela iniciativa privada e pela comunidade técnica do Setor, tendo como horizonte o ano de 2010.
Foi sem dúvida, um evento inédito, pela abrangência, profundidade e rigor técnico com que se examinou e se debateu a problemática do transporte brasileiro, frente às exigências do nosso desenvolvimento econômico e social, às perspectivas de integração continental e às limitações energéticas e ambientais. Teve, por outro lado, um forte sentido político: internamente fortaleceu a união entre os diversos segmentos de transporte; externamente, projetou uma imagem positiva do setor e abriu novos canais de comunicação com a classe política, os órgãos governamentais, o meio acadêmico e a sociedade em geral. Neste sentido, aliás, foram muito significativas as presenças, na sessão solene de abertura da CNT’92, do Presidente Collor, de diversos ministros de Estado e de tribunais superiores, de inúmeros parlamentares e, claro, do empresariado de transporte de todas as modalidades e de todas as regiões do País.
O mais importante, entretanto, começou quando o evento terminou. Trata-se, agora, de dar conseqüência àquele grande esforço de mobilização da categoria. A Confederação Nacional dos Transportes editará e divulgará, em breve, o documento “Brasil – transporte para o futuro”, sintetizando os resultados da Conferência e lançando as bases de uma verdadeira e duradoura política de transportes para o nosso País. Além disso, para que aquele documento não se converta apenas numa peça acadêmica, estamos identificando nele ações práticas a serem implementadas a curto e médio prazos.
Pode-se dizer, portanto – parafraseando Joelmir Betting – que a CNT’92 não foi fita de chegada mas tiro de partida; ela significou o começo de um vigoroso processo de mudança e abriu uma rica agenda para o futuro, que há de pautar a atuação do Setor, e de suas entidades de classe, nos próximos anos.
Autoria: Geraldo A. B. Vianna *
Data: junho de 1992
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(*) Advogado e vice-presidente executivo da Confederação Nacional do Transporte