Ano: 1531

Primeiras embarcações construídas no Brasil durante a colonização

As embarcações eram meios de transporte utilizados pelos indígenas antes mesmo da chegada dos portugueses em terras brasileiras. As pirogas, canoas rústicas talhadas em um tronco de árvore, foram de grande importância para a locomoção interna ao longo dos rios.

A indústria naval brasileira, no entanto, foi um empreendimento português, que se desenvolveu a partir da necessidade de os colonizadores se locomoverem e distribuírem insumos e matérias-primas pelo vasto território recém-encontrado.

De acordo com o Ministério da Infraestrutura, o marco inicial de uma indústria naval no Brasil é o ano de 1531. Foi nesse ano que, durante uma rápida estada de Martim Afonso de Souza no Rio de Janeiro, teriam sido fabricados, com supervisão portuguesa e mão de obra indígena, dois bergantins (veleiros do tipo da galé, de um a dois mastros e velas redondas ou latinas triangulares).

Martim Afonso de Souza, 1º. Donatário da Capitania de São Vicente. Imagem: Wikipedia
Martim Afonso de Souza, 1º. Donatário da Capitania de São Vicente.
Imagem: Wikipedia

Martim Afonso de Sousa também edificou, na época, uma casa-forte no lugar em que hoje se encontra o Iate Clube, instalando uma oficina com carreiras, onde foram construídos os dois bergantins. Com o passar do tempo, foram fabricados estaleiros de pequeno porte, na orla da Baía de Guanabara. O comércio litorâneo e aquático era feito por meio das seguintes embarcações: bergantins, galeotas, faluas, alvarengas, saveiros, chatas e canoas.

No século XVII, o Brasil teria construído o maior navio do mundo, segundo relatos do jornal Mercúrio Português. Salvador Correia de Sá e Benevides mandou construir, na ponta da Ilha do Governador (ainda na Baía de Guanabara), o galeão Padre Eterno. A viagem continental a Portugal foi saudada com a manchete do diário português. A produção de navios de grande porte, no Rio de Janeiro, foi consolidada com uma fábrica de fragatas, dirigida por Sebastião Lamberto.

Referências Bibliográficas:
Transportes no Brasil – Síntese Histórica